Quero trazer uma reflexão aos adeptos dos cultos de matriz africanas, respeitando a pluralidade e diversidade, longe de mim, montar um manual ou curso de Teologia. Não iremos aprender fundamentos de quaisquer nações ou casas.

No candomblé não se faz nada que fere o livre-arbítrio, assim como na espiritualidade nada fere as leis divinas, cujos pressupostos conhecemos apenas palidamente. (Ademir Barbosa Júnior)

O candomblé trata-se de uma religião com teologia e rituais próprios, que cultua uma faculdade suprema, cujo poder e alcance se faz espiritualmente, onde possuímos diversas tradições africanas. No candomblé não se faz proselitismo, valoriza sim a ancestralidade, tanto por razões históricas (antepassados africanos), como espirituais (filiação aos Minkisi), cuja características se fazem conhecer por seus mitos e por antepassados históricos ou semi-históricos divinizados.

Cultuamos a natureza por meio de suas energias, que chamamos de Minkisi, ao lado do culto às almas dos antepassados (Vumbi), até mesmo por conta da influência dos Kiokos, podemos utilizar pontos riscados cabalisticamente dentro de uma numerologia particular, alguns símbolos são representados nas pinturas corporais por exemplo.

O candomblé nos moldes que conhecemos hoje nunca existiu no berço de Mãe África, cada região, tribo, clã tinha seu culto próprio e segmentado por regiões. Já no Brasil juntou-se às diversas formas de culto formando assim, o candomblé que estamos mais habituados.

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